terça-feira, 17 de novembro de 2009

Paraíso Tropical





Enquanto nos estabelecemos de volta à rotina (e enquanto minha má fase na cozinha não termina), temos comido bastante fora e conhecido alguns restaurantes muito legais. É um trabalho sujo, eu sei, mas a gente também tem que comer...

Disparado o lugar mais interessante que fomos foi o Paraíso Tropical, local bastante conhecido de foodies locais ou não (já o vi até numa matéria do Discovery Channel). É que escondido lá pelo bairro do Cabula fica o sítio do chef Beto Pimentel, no qual ele planta centenas de variedades de frutas e legumes que são usados no seu cardápio.

As especialidades são pratos da culinária baiana, mas re-interpretados pela criatividade do chef e pelos ingredientes que têm à mão. Então, na moqueca sai o azeite de dendê e entra a fruta, sai o leite de coco e entra também a fruta, tornando tudo mais leve e increvelmente saboroso. Ele também usa frutas as quais eu jamais tinha ouvido falar nos pratos, é um trabalho incrivelmente inventivo.

Eu confesso que fiquei fã ao ver o salão amplo, bem no meio das árvores e do qual se pode ver as galinhas ciscando. Mais local e sustentável do que isso eu só vi mesmo na zona rural da China, onde comemos na beira do rio observando um senhor que pescava os peixes ao nosso lado. De quebra, o cardápio ainda oferece sucos que mais parecem sorbets de tão cremosos, e uma cesta de frutas de sobremesa (com direito a um saquinho para levar o que sobrar para casa).

Serviço: Restaurante Paraíso Tropical
Rua Edgard Loureiro, 98-B, Cabula
Telefone: 3384-7464

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A maldição da troca de hemisférios

Eu bem que tentei ignorar, achando que era só uma fase de adaptação e esperando quietinha ela passar, mas a maldição da troca de hemisférios parece que veio mesmo para ficar. Desde que cheguei de Montreal quase tudo o que tentei cozinhar deu errado: já tentei fazer duas receitas de pizza que falharam (aqui não tem o tal do fermento seco não-instantâneo, que era o que eu usava), fiz um pão de queijo tão mole que virou panqueca no forno, ontem fizemos um hamburguer que também não ficou bom (e a lista continua).

Não é só a mudança de ambiente e disponibilidade de ingredientes; parece que eu perdi a mão para algumas coisas que eu costumava fazer de olhos fechados. E o pior é que os parentes e amigos, incrédulos e sedentos, continuam a clamar para provar todas as comidas que nós alegávamos fazer no Canadá. Tenho certeza de que alguns já estão achando que era tudo mentira, mas como explicar que estamos numa urucubaca danada? Enquanto isso, vou aqui colocando os toques finais na reforma da cozinha para ver se espanto essa má fase...

domingo, 1 de novembro de 2009

Presentão


Quando o carteiro bateu à porta hoje de tarde, eu já tinha me esquecido que o Eduardo Luz havia dito que mandaria um presentinho após o menu chinês do Inter Blogs, como ele sempre faz muito gentilmente. Fiquei pensando que se tratava de alguma correspondência da universidade com mais alguma das muitas pendengas que tenho que resolver até ter o diploma.

Qual não foi então a minha surpresa ao receber um pacote com um livro, um CD com as fotos to jantar, um bilhetinho carinhoso e, espere... o que tem nestes saquinhos? temperos! O livro sobre cozinha peruana - vindo direto de lá, o que o faz ainda mais especial - não podia ter sido mais apropriado para a ocasião, já que a cozinha de lá é bastante influenciada pela China.

Obrigada, Eduardo, por este presentão! Mal posso esperar para mergulhar em mais um novo universo gastronômico.