terça-feira, 18 de maio de 2010

Marakuthai e um encontro

Cumprindo aquela promessa que fiz de visitar pelo menos um (ou quantos couber no bolso) restaurante da minha lista de obrigatórios a cada visita à Meca, ops, São Paulo, desta vez optamos por um restaurante do qual já havia ouvido coisas maravilhosas do Edu Luz, autor do famoso bog Da Cachaça pro Vinho. Como se não bastasse, o próprio Edu (com sua esposa e fotógrafa oficial do DCPV, a Dé) fez a gentileza de nos encontrar lá para uma tarde de muita conversa e comida boa.


Na realidade, minha história com o Marakuthai começou até antes disso. No ano passado, estava eu num ônibus lotado em direção à USP, indo para um congresso de cinema, quando vi o prédio - uma casinha branca com as beiradas das portas e janelas pintadas de azul royal - e o nome do restaurante me chamou a atenção. Adoro trocadilhos engraçados e inteligentes. Tempos depois, vim a saber que o Marakuthai era um restaurante conhecido e premiado, capitaneado por uma chef de apenas 21 anos, a Renata Vanzetto.

Alguns meses depois, finalmente entrei naquela casinha branca só para constatar que o interior era exatamente como eu havia imaginado: cheio de personalidade, com elementos étnicos aqui e ali (mas nada com cara de loja de decoração), toques femininos, jovens e bem-humorados. Adorei os vestidos, sapatos e bolsas de bechó que enfeitam escada e banheiro, e descobri até um pôster igualzinho ao que eu trouxe de Hong Kong.


Sobre a comida os elogios só fazem aumentar.


De entrada, comemos bolinhos de cordeiro - deliciosos, mas inesquecíveis eram os molhos de curry e pesto thai com hortelã que acompanhavam.


E shooters de salmão (selado por fora e cru por dentro) com molho de abacate e chips de batata doce. Além de lindo estava delicioso, aliás salmão com abacate é uma daquelas combinações imperdíveis, não é?


De pratos, provamos a costelinha de porco com purê de milho verde e compota de pimenta biquinho - carne maravilhosa, mas o molho de pimenta roubou a cena mais uma vez.


Comi também um prato mais típico thai, o curry verde de frango, só para matar a saudade. Foi sair de lá direto para o Santa Luzia comprar curry verde!

De sobremesa, brigadeiro de panela (literalmente) e pequi gateau.



O brigadeiro estava ótimo, comparável ao da minha mãe que, todo mundo sabe, faz o melhor brigadeiro do universo, mas sensacional mesmo estava o pequi gateau: mesma consistência do bolinho quente que já cansou a beleza de todo o mundo, mas com o inesperado azedinho do pequi, além de outros aromas hipnotizantes que não consegui identificar (cardamomo, talvez).

O Edu e a Dé foram companhias perfeitas para este almoço que se estendeu quase que até o jantar - e olha que falamos pouco sobre comida. Aliás, todas as pessoas que conheci através dos blogs de comida se tornaram grandes amigos e influências na minha vida. Estou cada vez mais convencida de que a comida é a única linguagem cultural capaz de unir as pessoas mais diferentes em torno de uma paixão comum. Enfim, este almoço me deixou muito feliz. Um brinde!