quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Copia
Nossa primeira parada antes de seguir para as vinícolas de Napa Valley foi no Copia - American Center for Wine, Food and the Arts, uma espécie de museu que informa o visitante sobre a rica cultura gastronômica dessa região dos Estados Unidos. Além de um jardim com variados legumes e frutas, o museu tem ainda estações de degustação de queijos e vinhos e uma parte interativa onde você descobre mais sobre a origem dos alimentos, a estreita relação entre paladar e memória (e onde descobri que meu olfato não é lá essas coisas).
Como não poderia deixar de ser, fui logo atraída pelo restaurante que funciona dentro do instituto, chamado "Julia's Kitchen" em homenagem à musa Julia Child, uma das figuras que incentivaram a fundação do Copia. Infelizmente, como era de manhã o restaurante estava fechado e não pude ver dentro (onde ficam expostas panelas e outros acessórios da cozinha de JC) nem ficar para almoçar, mas já fiquei emocionada só de passar pela porta.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
domingo, 23 de novembro de 2008
O macarrão do albergue
O albergue da juventude de Fort Mason, em San Francisco, era um pouco longe do centro da cidade, mas tinha um ponto que nos atraiu muito: uma cozinha totalmente equipada. A cozinha era enorme e tinha geladeiras, fogões industriais, panelas de todos os tipos e tamanhos, tábuas organizadas por cores e funções, facas, pratos, talheres - isso é o que eu chamo de fully functional! Tinha até uma linha de produção de lavagem dos pratos e utensílios para economizar água e manter tudo limpinho, altamente organizado.
Depois de um dia de andanças pela cidade e uma passagem-relâmpago pelo Trader Joe's, onde fomos comprando tudo o que parecia bom (inclusive um vinho do Coppola por 14 paus, de graça se comparado aos preços de Montréal), voltamos para o albergue para fazer um jantarzinho improvisado. Além de nós dois, havia na cozinha um casal fazendo um peixe e conversando animadamente e um senhor sozinho que tocava músicas na jukebox e andava de um lado para outro. O senhor foi para um canto com uma carne e um vidro de mostarda e saiu com um filézão e uma salada que eu juro que não sei como ele fez.
Nós fizemos um macarrão que ficou chamado de fusili do albergue. Peguei um monte de tomates-cereja, dois dentes de alho e coloquei tudo para assar em fogo alto até o alho ficar macio e os tomates começarem a explodir levemente. Enquanto a água do fusili fervia, coloquei uns pedaços de bacon italiano - pancetta - para dourar na frigideira.
Depois acrescentei os tomates e o alho assados, amassei bem para fazer um molho e complementei com um pouco de extrato de tomate dissolvido em água. Temperei com sal e pimenta e finalizei com pedaços de queijo gorgonzola. Para um prato inventado na hora ficou delicioso. Tomamos com o vinho do Coppola ao som dos clássicos na jukebox.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Conhecendo outra musa
Já dei a sorte incrível de conhecer uma musa culinária nesta viagem pela Califórnia (vide post abaixo), agora conheci outra, esta, talvez, a maior influência na filosofia de vida do meu próprio blog - estou falando, é claro, da Fer do Chucrute com Salsicha.
Realizando o sonho voyeur de inúmeras blogueiras por aí, eu tive a honra de ir lá na casa dela ver de perto o quartel-general do Chucrute, fuçar nos livros e nos detalhes lindíssimos da sua cozinha, brincar com os gatos Misty e Roux que tanto figuram em seu blog e bater papo sobre comida, fotografia e outros mil-e-quinhentos assuntos.
Só interrompemos o conversê para almoçar no excelente Tucos, que serve até pãozinho de queijo mineiro, e depois dar uma volta pela simpática Davis, e logo voltamos a matracar até escurecer e chegar a hora de pegar a estrada. Conhecer a Fer foi uma honra imensa não só por ter realizado um sonho, mas sobretudo por ver que ela é ainda mais amável, engraçada e generosa pessoalmente do que no blog.
Realizando o sonho voyeur de inúmeras blogueiras por aí, eu tive a honra de ir lá na casa dela ver de perto o quartel-general do Chucrute, fuçar nos livros e nos detalhes lindíssimos da sua cozinha, brincar com os gatos Misty e Roux que tanto figuram em seu blog e bater papo sobre comida, fotografia e outros mil-e-quinhentos assuntos.
Só interrompemos o conversê para almoçar no excelente Tucos, que serve até pãozinho de queijo mineiro, e depois dar uma volta pela simpática Davis, e logo voltamos a matracar até escurecer e chegar a hora de pegar a estrada. Conhecer a Fer foi uma honra imensa não só por ter realizado um sonho, mas sobretudo por ver que ela é ainda mais amável, engraçada e generosa pessoalmente do que no blog.
sábado, 15 de novembro de 2008
Conhecendo uma musa
Que sorte maior para uma auto-proclamada "foodie" do que passar, sem querer e numa cidade desconhecida, numa das lojas mais chiques, antigas e lindas de coisas para cozinha? Só se esta mesma loja estiver oferecendo, naquele mesmo dia, uma tarde de autógrafos do mais novo livro de uma de suas musas culinárias!
A loja em questão é a Williams & Sonoma, que além de vender acessórios para cozinha e ingredientes de altíssima qualidade ainda é editora de livros de culinária. E a musa em questão é Ina Garten, mais conhecida por seu programa na Food Network chamado The Barefoot Contessa.
Fiquei surpresa ao ver que a fila para pegar um autógrafo do livro mais novo de Ina, chamado Back to Basics, estava dobrando a fila no quarteirão comercial e ultra-movimentado de San Francisco. Na fila havia muitas madames trocando receitas para o thanksgiving, e eu fiquei de orelhas atentas pois provavelmente vou cozinhar o meu primeiro peru de Ação de Graças este ano.
Só não fiquei surpresa ao ver que os funcionários da loja estavam passando com bandejas prateadas servindo biscoitos, bebidas e água para o pessoal da fila. Tudo muito fino. Lá dentro, a fila ainda subia escadas que levavam ao terceiro andar, onde, depois de uma hora e meia de espera, finalmente ficávamos frente a frente com a "contessa".
Ela simplesmente assinou seu nome e disse "aproveite o livro!". Só isso. Pensei que ela fosse perguntar meu nome (já estava até ensaiando como soletrá-lo) e fazer uma dedicatória engraçadinha, mas não. Mas quem sou eu para reclamar? Não esperava nada e saí dali com um livro autografado de uma das poucas celebrity-chefs para quem eu enfrentaria uma fila dessas.
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domingo, 9 de novembro de 2008
Tudo pronto, vamos nessa?
Essa semana foi de muitas correrias e coisas para resolver de última hora antes da viagem. Tentei terminar ao menos um capítulo da tese para viajar com a consciência tranquila. Resultado: fiquei uma semana inteira sem postar nem visitar os blogs queridos. Talvez porque, além da falta de tempo, eu tenha passado a semana sem cozinhar nada além do que podia ser feito para esvaziar a geladeira e evitar o desperdício. Muita sopa, sanduíche e omelete do que estava à disposição. Agora que está tudo pronto, malas quase prontas, pepinos resolvidos, capítulo (mais ou menos) terminado, gato na casa de amigos, eu tento me tranquilizar daquela ansiedade que sempre bate antes de uma viagem. Espero poder atualizar o blog do caminho porque material eu sei que não vai faltar. Califórnia, aí vamos nós!
domingo, 2 de novembro de 2008
A clássica pose
As batatas eram azuis
E com elas eu fiz uma salada de batata azul.
Segui a receita de Jamie Oliver: cozinhei as batatinhas e, quando ainda estavam mornas, temperei com vinagre de vinho tinto, azeite de oliva, alcaparras, ciboulettes, pimenta do reino e flor de sal. Por ter uma acidez carregada, essa salada fica melhor como tira-gosto do que como acompanhamento.
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