segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Vou para a China


Meu caso com a China não é paixão recente, nem fruto de um modismo passageiro. É coisa de muitos anos, que começou com um filme aqui, outro ali; passou do cinema para a cultura, a língua, a comida; virou assunto de pesquisa, dissertação de mestrado e tese de doutorado. A China me trouxe até o Canadá, mas demorou um pouco mais para abrir suas portas para mim.

Preferi estudar e me preparar o máximo possível, porque acredito que o conhecimento é a melhor forma de quebrar barreiras culturais e idéias pré-concebidas. Preferi esperar o momento certo, e finalmente ele chegou. Estou de malas prontas e me sinto pronta, como quem espera para conhecer aquele autor cujos livros você leu todos, cujos costumes você já conhece só de ouvir falar, cuja fisionomia é familiar e estranha ao mesmo tempo.

Durante minha estada por lá, tenho certeza que coletarei milhares de histórias e comidas novas. Porém, penso que será muito difícil alimentar o blog em tempo hábil. Vou tentar, porque acho que as histórias (especialmente as de comer) são mais gostosas saídas do forno, mas se não der guardarei tudinho para contar quando voltar. Zàijiàn!

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Comi em Nova Iorque

Eu, meu marido e minha sogra fomos passar o fim de semana em Nova Iorque. Não deu tempo para explorar a inesgotável cena gastronômica da cidade, mas pelo menos deu para dar um gostinho. Todo canto tinha uma lojinha interessante, um restaurante curioso e, claro, inúmeros points gourmets. Ainda quero voltar com calma e fazer minhas próprias descobertas.

Inocente que sou, anotei o endereço da pizzaria de Mario Batali, Otto, doida para provar um gelatto de azeite de oliva que tem lá, mas demos de cara com uma fila de mais de uma hora e quarenta e cinco minutos de espera. Acabamos jantando num charmosíssimo lugar chamado Corner Shop Café, onde tomei um vinho do Coppola (Zinfandel, muito bom) e comi o melhor ravioli de todos os tempos, com nozes e gorgonzola.

No segundo dia fomos em Chinatown, onde eu também tinha anotado alguns endereços sugeridos, mas confesso que na hora amarelei e fiquei com nojo da sujeira e da confusão. A sorte é que Little Italy fica logo ali, e terminamos comendo massa novamente (não que eu esteja reclamando). O lugar é bem turistão mesmo, mas pelo menos era mais agradável do que as ruas fétidas de Chinatown.

Bom, foi isso. Já estou me planejando para voltar no ano que vem e explorar tudo com mais tempo e calma. Esta viagem, no entanto, serviu para constatar de uma vez por todas que minha curiosidade em relação à comida (e hábitos alimentares das pessoas) é de fato mais do que uma paixão passageira. Em meio a todos os pontos turísticos eu só pensava em aonde íamos comer, eu só queria ver o que as pessoas locais andavam comendo, eu só queria ver como eram os restaurantes e o que eu poderia achar de interessante nas lojinhas. I'm definitely obsessed.

Legendas das fotos:
1- Restaurante mexicano no Times Square / Lojinha em Little Italy
2- Corner Shop Café/ Ravioli do Corner Shop Café
3- Burritoville (achei o nome engraçado) / Carrinho de comida de rua
4- Mac and Cheese com óleo de trufas (Corner Shop Bistro) / Restaurantes de Little Italy
5- Côco em Chinatown / Comendo no Central Park