terça-feira, 18 de agosto de 2009

Julie & Julia: enfim, o filme

Foto montagem: abc.com

Acho que todos os foodies do universo estavam - ou ainda estão, dependendo do hemisfério em que se encontrem - esperando pelo lançamento do filme Julie & Julia com a mesma ansiedade que eu. E, claro, todos ficarão igualmente tentados a escrever sobre o filme porque, bem, o filme é muito bom, e não só pelas cenas envolvendo comida.

Primeiro, acredito que todos os blogueiros irão se identificar em algum momento com os percalços sofridos pela Julie Powell no decorrer do seu projeto de reproduzir todas as receitas da bíblia Mastering the Art of French Cooking, co-escrito por Julia Child. As cenas da moça preparando pratos sofisticados em sua micro cozinha novaiorquina são impagáveis - e prova de que não é preciso mais do que uma boa panela e muita força de vontade para cozinhar maravilhas.

Além disso, a história de Julie e sua salvação culinária rendeu um bom enredo de comédia romântica, com direito às previsíveis reviravoltas do gênero - que, diga-se de passagem, não sei se estavam no livro original pois este eu não li, uma vez que não queria nenhuma influência externa na minha própria relação imaginária com a Julia (ciumenta, eu? imagina).

Então, como era de se esperar, para mim o que fez o filme brilhar mesmo foi a história de Julia e seus anos vividos na França, que são narrados paralelamente ao enredo de Julie nos tempos modernos. Fiquei muito contente ao constatar que a história paralela ganhou tanto destaque no filme quanto a principal, pois para mim ela é a mais interessante. Eu já cansei de falar por aqui sobre Julia Child e o livro de memórias dela, My Life in France, no qual o filme também foi baseado. O engraçado é que eu me emocionei no filme nas mesmíssimas partes que me fizeram chorar no livro, como se estivesse vendo uma encenação dos eventos que antes só existiam na minha imaginação.

Meryl Streep faz uma interpretação tão boa que a partir de agora duas imagens me virão à cabeça quando eu pensar em Julia Child: a dela e a da Julia de verdade nos programas de TV. O filme faz uma belíssima homenagem à uma mulher de personalidade fascinante, tanto na perseverança de sua carreira como na bela história de amor com o marido. Tenho certeza que aqueles que não a conheciam irão se apaixonar à primeira vista, e a eles fica a dica dos livros - aliás, já ando lendo notícias de que as vendas do Mastering the Art of French Cooking estão disparando, o que me deixa muito feliz.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Salada caprese


Comemos uma salada caprese tão boa em Vermont que eu voltei com vontade de repetir todos os dias. Todo mundo sabe que não há nada de complicado na salada caprese. Muito pelo contrário, os ingredientes são bem simples, apenas tomates maduros, mozzarela fresca e manjericão.

Aliás, quando se lida com ingredientes assim tão mínimos, vale apostar na riqueza dos detalhes: usei os tomates do Quebec mais bonitos que encontrei, manjericão da minha varanda, mozzarela de búfala, e temperei tudo com uma mistura de flor de sal e sal defumado, bastante pimenta do reino, azeite de oliva honesto e um fiozinho de vinagre de vinho do porto. E voilà! Uma perfeição de salada.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Vermont, queijo e sorvete

Quem está com o pé quebrado também tem direito a passear, então aproveitamos o fim de semana e cruzamos a fronteira até Vermont, estado vizinho de Nova Iorque. A região é belíssima, cheia de lagos, montanhas, fazendas com vaquinhas felizes e casinhas bonitas.

A região de Burlington é reconhecidamente agrícola, e as pessoas da área tem muito orgulho dos ingredientes e comidas locais: cervejas e vinhos artesanais, o inconfundível queijo cheddar e a fábrica do famoso sorvete Ben and Jerry's. Comemos muito bem em Vermont!

Burlington

Barraca de dumplings

Beije o cozinheiro (adorei o nome dessa lojinha)

Paraíso: Wine and cheese traders

Salada caprese no Pauline's Cafe

O paraíso do sorvete

Paz, amor e sorvete

Tudo é fofo, colorido e psicodélico neste lugar

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

É preciso pés para cozinhar

Como coisas esquisitas e coincidências estranhas acontecem o tempo todo, no último dia antes de vender nossa lambretinha tivemos o primeiro acidente em três anos e eu fiquei com o pé esquerdo torcido. Não poderei andar pelas próximas semanas, o que significa que não posso fazer muita coisa além de ficar sentada com o pé para cima para diminuir a dor - ordens médicas são ordens médicas.

O pior é que agora que eu estou com tempo de sobra para escrever e navegar na internet, não tenho nada a blogar. Sim, eu ainda posso cortar ingredientes sentada e prestar assessoria ao marido que assumiu os fogões temporariamente, mas não dá para andar de lá para cá como eu normalmente faço quando estou cozinhando. Inventar receitas novas e blogáveis, então, impossível. Sinceramente, eu nunca havia percebido como dois pés bons são importantes na cozinha - tanto quanto as mãos. É preciso pés para cozinhar, minha gente.