quarta-feira, 23 de abril de 2008

Comendo em Paris


O filme não era nada de maravilhoso - Ingrid Bergman presa num triângulo amoroso com um francês galinha (quase um pleonasmo, pelo menos no cinema) e um moço mais jovem (vivido por Anthony Perkins, que depois de Psicose sempre terá um ar disturbing pra mim). Mas, como o filme se passava em Paris, claro que comida tinha um papel importantíssimo. Sim, porque mesmo os corações despedaçados têm um apetite... Então entre uma discussão e outra, "Vamos sair para jantar? Sim, aonde? Que tal o Escargot? Será que conseguimos uma mesa sem reserva?". Impressionou-me o tempo gasto com detalhes aparentemente dispensáveis deste tipo, e fiquei me perguntando se os nomes dos restaurantes não seriam mesmo verídicos. É capaz de serem. E eles sentam no restaurante, olham cardápio, pedem caviar e blinis, chamam o sommelier e assim por diante. Quando o Tony Perkins finalmente seduz a Ingrid Bergman, não tem cena de sexo, mas tem ele fazendo um sanduíche depois e perguntando "cadê a manteiga"...nada mais francês.

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