terça-feira, 30 de agosto de 2011

Filé de porco recheado com espinafre e ricota, ou três vivas para Jacques Pepin

Sinto muita falta do canal de gastronomia que costumava acompanhar na televisão canadense, porque foi assistindo aos seus programas que aprendi boa parte do que eu sei fazer hoje na cozinha. Não sei porque os canais que têm programas culinários na TV brasileira insistem em repetir as mesmas celebridades e seus programas não são, na minha opinião, nem educativos nem criativos.

Felizmente, é possível ver muita coisa online e até descobrir joias raras, como o programa do Jacques Pepin - chef fofíssimo e amigo do peito de Julia Child - chamado Fast Food My Way e veiculado em 2004 após a publicação do livro de mesmo nome. Diversos episódios do programa e de sua continuação, More Fast Food My Way, estão disponíveis na íntegra no Youtube. Em quase todos os que vejo aprendo alguma coisa nova e/ou fico morrendo de vontade de fazer a receita, como foi com este filé de porco recheado.


No programa, Pepin ensina a técnica de abrir o filé de porco e dá as coordenadas do recheio, salteando folhas de espinafre fresco com um pouco de cebola e queijo ralado (mozzarela ou cheddar). Para o meu, usei um punhado de espinafre congelado e ricota defumada. De resto, segui suas instruções à risca, mas como não tinha tomatinhos cereja em casa não fiz o molho para acompanhar. Como ele mesmo diz, trata-se de um prato muito simples de fazer e que impressiona tanto no visual quanto no sabor, o que faz dele ideal para receber amigos.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Brunch de bebê


Faltando agora poucas semanas para o nascimento do bebê, convidei alguns amigos para comemorar com um brunch cujo cardápio foi todo planejado em torno das comidas que mais comi e/ou desejei durante a gravidez. Adoraria dizer que a ideia foi minha, mas na verdade li em algum lugar na internet que já não me recordo mais (eu pensava que essa história de grávidas que ficavam esquecidas e atrapalhadas era lenda, mas é a mais pura verdade).

Que sorte dos meus amigos que eu não desejei comer picles com sorvete, hein! Na verdade, eu mudei muito pouco do meu cardápio cotidiano, assim como mudei pouco dos meus hábitos de comprar e cozinhar. Não tive nenhuma ojeriza inexplicável a nenhum alimento que me impedisse de fazer o que sempre fiz, felizmente. Tive, sim, muita vontade de comer frutas, tomates e coisas geladas, especialmente sorvete. Juntei o tema da festa à ideia do cardápio e servi os seguintes pratos:


Palitinhos de frutas - uvas, mangas, morangos e melões cortados em pedacinhos e empilhados num palitinho de bambu. Comi muitas destas frutas nos últimos meses, especialmente os morangos que estavam na época e bem suculentos e saborosos. A concepção dos palitinhos foi do meu marido, que ajudou também na montagem. Meu sobrinho de doze anos resumiu bem: "é como uma salada de frutas numa mordida!". Era exatamente essa a ideia.


Salada cobb - incidentalmente, terminei comendo muitos abacates recentemente. Minha irmã me trouxe alguns da Chapada Diamantina que estavam ótimos, assim como os que comprei na barraca de orgânicos da Ceasa. Preparei esta salada cobb com vinagrete de bacon exatamente como na receita publicada no post anterior.


Mini quiches de aspargos com brie - Sim, eu sei que os aspargos não são produzidos localmente, não estão na época e são caríssimos, mas quem vai contrariar os desejos de uma grávida? Lembro-me de ter acordado no meio da noite pensando em comer aspargos, tamanha foi a vontade. Então chutei o balde e comprei aspargos peruanos, fora de época e caríssimos e, para falar a verdade, deliciosos. Receita da minha massa de quiche aqui.


Bruschettas de tomate - outro desejo muito forte foi o de comer tomates, de qualquer jeito, a qualquer hora, em molho para macarrão, em salada, no sanduíche. Mantive as coisas simples com esta bruschetta: apenas tomates cortados em cubinhos e temperados com bastante sal, pimenta do reino, manjericão, azeite de oliva honesto e umas gotas de vinagre de vinho tinto. O segredo está em deixar os tomates pegarem o gosto por algumas horas antes de colocar sobre o pão tostado e servir.

Além disso, fiz alguns pratos coringas que já apareceram por aqui antes: torta de palmito e biscottis de parmesão e pimenta. Além, é claro, de algumas coisas compradas prontas, porque ninguém é de ferro: pães, frios e geleias. De sobremesa, também fui tradicional: fiz um cheesecake com calda de morango e um pudim de café, apenas trocando o café comum pelo descafeinado. Uma das poucas coisas de que abri mão totalmente durante a gravidez, além das bebidas alcoólicas, é claro, foi a cafeina. Ainda bem que os cafés descafeinados estão cada vez melhores e sem processos ou aditivos químicos.


Para as lembrancinhas, fiz uma pequena brincadeira em homenagem àquele que inspirou o nome do meu filho: madeleines de [Marcel] Proust. A receita também já passou por aqui.