domingo, 13 de dezembro de 2009

Sorbet de caju


Eu havia me esquecido - eu nem poderia estar dizendo isso, porque na verdade eu nunca havia prestado a devida atenção a essas coisas - de como os vendedores de frutas são uma presença constante pelas ruas da cidade, com suas barracas improvisadas cheias de frutas da época colorindo e perfumando tudo ao redor. Caju, umbu, pitanga, jabuticaba, só de ver tantas cores vibrantes já faz qualquer um querer se aproximar.

Durante um dos invernos que passei em Montreal fiz uma promessa para mim mesma de que quando voltasse iria provar e comer tantas frutas quantas aparecessem na minha frente, sem pré-julgamentos (e eu fazia muitos desses quando o assunto era comida, mas o tempo realmente transforma uma pessoa). Desde então venho tomando sucos e fazendo sorvetes de frutas as quais eu nem sequer sabia manusear.

Uma delas foi o caju, que comprei de um rapaz que instala sua barraquinha estrategicamente em frente à academia de pilates. Com um quilo em mãos, me propus a fazer um sorbet, porque não há nada mais apropriado para fazer neste calor. Como não achei nenhuma receita por perto, resolvi seguir a mesma do sorbet de manga do David Lebovitz, apenas diminuindo a quantidade de açúcar pela metade e substituíndo o rum por cachaça (a qual também dobrei a quantidade).


Bati os cajus cortados em pedaços (menos a castanha, é claro), misturei a água, o açúcar (usei o demerara), o suco de meio limão e a cachaça, bati mais um pouco e passei tudo por uma peneira para separar a polpa e a casca. Joguei o líquido restante na sorveteira e em pouco tempo tinha um sorbet que, embora não tivesse ficado cremoso como o de manga, estava muito saboroso e refrescante.

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