sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Sopa fria de tomates



Sou novata em matéria de sopas frias - confesso que ainda acho a ideia um pouco estranha, e não ajuda em nada o fato de ter tentado uma ou outra receita que fracassaram miseravelmente. Entretanto, com o calor que tem feito por aqui ultimamente, qualquer coisa soa melhor do que a possibilidade de derreter em suor mexendo um panelão de sopa quente e, pior ainda, suar mais um pouco tomando a bendita. Diante destas circunstâncias, sopa fria é o que vai ser.

Pesquisando algumas receitas, descobri que existem basicamente duas técnicas de sopas frias: as que são cozidas e depois resfriadas (aliás, muitas sopas, principalmente os cremes de legumes, podem ser servidas quentes ou frias), e as que não são cozidas, mas apenas batidas e refrigeradas. É o caso do famoso gazpacho espanhol, que sempre me faz lembrar de Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos e o gazpacho que a personagem de Carmen Maura faz "temperado" com um vidro de tranquilizantes.

As sopas frias não-cozidas, por razões mais do que evidentes, são as mais fáceis e práticas de preparar nos dias de calor. Terminei optando por uma sopa fria de tomates que se parece bastante com o gazpacho, com a diferença de levar vinagre balsâmico e não levar pepinos nem pimentão. Servi como entrada, mas considero perfeitamente apropriada para um lanche leve, principalmente se for acompanhada por um belo pão rústico torrado.

Sopa fria de tomates
Receita adaptada do livro Soup Bible, da editora Penguin


- 1 quilo de tomates maduros
- 2 dentes de alho
- 1/4 de xícara de vinagre balsâmico
- 1 colher de chá de sal
- 2/3 de xícara de azeite de oliva extra-virgem
- 2 a 3 fios de açafrão (*opcional)

Modo de preparo: corte os tomates em pedaços (não é preciso tirar as peles nem as sementes). Coloque-os no liquidificador com o alho, o vinagre, o açafrão e o sal. Bata bem por alguns minutos. Vá acrescentando o azeite aos poucos pelo buraco na tampa do liquidificador, até que tudo esteja bem incorporado e emulsificado. Deixe esfriar por algumas horas antes de servir.

A sopa fica ainda mais encorpada depois de refrigerada, por isso eu bati novamente com um pouco de água para ficar na cremosidade ideal. Se você quiser seguir à risca o tema espanhol, o livro sugere servir a sopa com lascas de presunto parma e pedaços de ovo cozido. Eu fui de fatias de amêndoas torradas e folhas de mangericão fresco.

Para quem torcia o nariz para sopas frias, eu adorei o resultado. A sopa é realmente facílima de fazer - aliás, o quão difícil é bater um punhado de tomates com alguns temperos no liquidificador? Muito mais fácil do que esquentar uma comida congelada no microondas, disso eu tenho certeza - e o sabor dos tomates fica ainda mais intenso do que numa sopa quente. A dica está em escolher tomates bem maduros e usar o melhor azeite extra virgem que você tiver em casa. Afinal, como estes ingredientes não serão cozidos, é bom que eles tenham o melhor sabor já de cara.

Um comentário:

Beta Tiossi disse...

Ainda não provei sopas frias, nem o famoso gazpacho, mas eu amo tomates e vou testar sua receita. bjs